Educação Sexual

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domingo, 28 de novembro de 2010

Vamos conversar sobre SIDA?


CONVERSA COM OS PAIS

Respostas ao questionário

      1. QUE É A SIDA?
A SIDA é causada pelo Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH).
Actualmente, é responsável pela mortalidade da quase totalidade dos casos que se conhecem. No entanto, cientistas de todo o mundo fazem notáveis esforços para encontrar uma vacina e um tratamento eficazes.

2.         2.  QUAL A DIFERENÇA ENTRE TER SIDA E SER SEROPOSITIVO?
Quando um indivíduo é infectado com o vírus VIH, torna-se seropositivo e pode infectar outros. Ser seropositivo não quer dizer que se tenha SIDA; antes significa que se foi infectado pelo vírus. Porém, ao ter o vírus no organismo, não significa que um indivíduo venha a desenvolver a doença. Ele pode ter o vírus no organismo durante anos e nunca desenvolver sintomas. Hoje em dia, existem medicamentos que ajudam uma pessoa seropositiva a manter-se saudável. No entanto, é possível estar infectado com o vírus sem apresentar nenhum sintoma mas, mesmo assim, infectar outras pessoas.

3     3.  O QUE É O VIH?
É um vírus que, quando se introduz no organismo humano, pode permanecer "adormecido", sem produzir sintomas durante muito tempo. Neste período, as pessoas são designadas por seropositivas.
Quando o vírus "desperta" ou é "activado", destrói  progressivamente os mecanismos de defesa que, no corpo humano, combatem as doenças. Assim, uma pessoa infectada pelo VIH está sujeita a contrair ou a desenvolver infecções muito variadas ou mesmo certos tipos de cancro.

4.           4.  COMO SE TRANSMITE O VIH?
O VIH encontra-se principalmente no sangue, no sémen e nos fluidos vaginais das pessoas infectadas. Assim, a transmissão do vírus só pode ocorrer se estes fluidos corporais entrarem directamente em contacto com o corpo de outra pessoa, pelas vias sexual ou sanguínea. Uma mulher seropositiva pode também transmitir o vírus ao seu bebé durante a gravidez, o parto ou o aleitamento.
De ressalvar o facto importante de não constituírem risco de transmissão comportamentos sociais como abraçar, beijar, apertar a mão, ou inclusive, beber pelo mesmo copo, de um sujeito infectado pelo VIH.

5.          5.  COMO PREVENIR O CONTÁGIO?
A infecção pode ser prevenida utilizando o preservativo, masculino ou feminino, nas relações sexuais, com todos os  parceiros e em todos os tipos de práticas que impliquem a passagem dos fluidos corporais já descritos de um parceiro para outro ou não partilhando objectos cortantes , agulhas ou seringas. O risco de contágio de uma mãe seropositiva para o seu bebé pode ser diminuído evitando-se, neste caso, o aleitamento materno.  

6.             6.   QUEM É QUE PODE SER INFECTADO PELO VIH?
Todos nós. Absolutamente todos. O vírus não discrimina sexos, orientações sexuais, idades, níveis sócio-económico-cultural ou raças. Ele pode infectar todos aqueles que se expõem a comportamentos de risco (relações sexuais sem preservativo e partilha de objectos cortantes, agulhas seringas).

7.            7.  COMO SABER SE SE ESTÁ INFECTADO?
A única forma de se saber se se está infectado é realizar uma análise de sangue, específica para o VIH. Esta análise detecta os anticorpos que o sistema imunitário do organismo produz contra o vírus, ou mesmo o próprio vírus.

8.           8.  QUANDO É QUE SE PODE FAZER O TESTE DO VIH?
A colheita de sangue para o teste deve ser efectuada 3 meses após o último comportamento de risco (relação sexual sem preservativo, partilha de objectos cortantes, agulhas ou seringas com sujeitos infectados). Só decorrido este período se pode confiar nos resultados da análise. A avaliação dos comportamentos de risco deverá ser feita conjuntamente pelo indivíduo e por um técnico de saúde especializado, no momento do aconselhamento pré-teste.

9.             9. E SE O RESULTADO DO TESTE FOR POSITIVO?
Por agora, a cura definitiva não existe. Medicamentos e acompanhamento regular de âmbito médico e psicológico, são o melhor tratamento. Mas, porque a luta contra a SIDA não depende só da ciência, o sujeito infectado necessita de muito apoio e carinho por parte daqueles que o rodeiam. De uma forma geral, todos precisamos de informação, educação e PREVENÇÃO! A nossa sociedade tem de aprender a conviver e a amar nos tempos de SIDA, respeitando as pessoas independentemente do seu estado de saúde.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Primeira Vez

A “melhor altura”

Não há “a melhor altura” para a primeira relação sexual. A “melhor altura” não é igual para todos, para umas pessoas pode ser mais cedo, para outras pode ser mais tarde. Só tu sabes e sentes quando chega “o momento”. Mas, atenção às pressões, elas não são verdadeiras razões!
Boas razões para ter relações sexuais

Vocês sentem-se preparados, os dois e desejam os dois fazer amor.
Mas esta boa razão não invalida que se lhe acrescentem algumas outras:
• Tens uma pessoa por quem estás apaixonada e com quem te sentes bem;
• Estás bem informada/o sobre a contracepção, as infecções transmissíveis sexualmente e a SIDA;
• Tu e o teu/tua namorado/a puderam discutir e decidir como é que se vão proteger.

Aprender a dizer não

Ninguém te deve forçar a ter relações quando não o desejas. Talvez, ao princípio, sintas desejo, mas depois já não. Toda a gente tem direito a mudar de ideias. Estás no teu direito de recusar. Dizer não! Não é fácil, sobretudo se estás apaixonada /o e tens medo de perder aquela pessoa especial. Mas, é melhor aprender a dizer não, que ceder a pressões e aceitar algo que não desejas.
Tenta falar abertamente, sem te refugiares em pretextos. Se quem está contigo não é capaz de te ouvir, de te compreender e de aceitar as tuas necessidades, talvez não valha a pena perder tempo com uma história que te vai desagradar cada vez mais.
Algumas dicas
• Aprendam a falar sobre aquilo que gostam e não gostam. O outro não pode adivinhar.
• Descubram em conjunto o que vos dá prazer. Vão ensaiando, progressivamente, e estejam atentos às vossas sensações.
• É normal ter medo e estar tenso. Dêem a vocês próprios tempo para relaxar.
• Não entrem na ansiedade de querer “funcionar” da maneira perfeita.
• Pensem na contracepção mesmo antes da primeira vez, e protejam-se das doenças transmissíveis sexualmente.
• Não fiquem decepcionados se as coisas não correrem facilmente. Isso acontece muito frequentemente.
• Levem o tempo necessário. Claro, pode acontecer que seja tudo muito rápido ou podem precisar de tempo para encontrar a intimidade e o estilo próprio.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

VIH E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

As infecções sexualmente transmissíveis - IST - são um problema de saúde pública em todo o mundo. Em média, por dia, mais de 1 milhão de pessoas é infectado com uma IST, onde se inclui o VIH.

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Carta dos Direitos Sexuais e Reprodutivos

Nem todas as pessoas sabem, mas existe uma Carta de Direitos Sexuais e Reprodutivos que tem como objectivo a promoção e protecção dos direitos e liberdades sexuais e reprodutivas em todos os sistemas políticos, económicos e culturais. Essa carta, da autoria da IPPF - Federação Internacional para o Planeamento da Família - contempla o seguinte:

1 – DIREITO À VIDA
Nenhuma mulher deve ter a vida em risco por razões de gravidez.
Nenhuma pessoa deve ter a vida em risco por falta de acesso aos serviços de saúde e/ou informação, aconselhamento ou serviços relacionados com a saúde sexual e reprodutiva.

2 – DIREITO À LIBERDADE E SEGURANÇA DA PESSOA
Todas as pessoas têm o direito de poder desfrutar e controlar a sua vida sexual e reprodutiva, no respeito pelos direitos dos outros.
Todas as pessoas têm o direito de não estarem sujeitas a assédio sexual.
Todas as pessoas têm o direito de estar livres do medo, vergonha, culpa, falsas crenças ou mitos e outros factores psicológicos que inibam ou prejudiquem o seu relacionamento sexual ou resposta sexual.

3 – O DIREITO À IGUALDADE E O DIREITO A ESTAR LIVRE DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO
Ninguém deve ser discriminado, no âmbito da sua vida sexual e reprodutiva, no acesso aos cuidados e/ou serviços.
Todas as pessoas têm o direito à igualdade no acesso à educação e informação de forma a preservar a sua saúde e bem-estar, incluindo o acesso à informação, aconselhamento e serviços relativos à sua saúde e direitos sexuais e reprodutivos.
Nenhuma pessoa deve ser discriminada no seu acesso à informação, cuidados de saúde, ou serviços relacionados com as suas necessidades de saúde e direitos sexuais e reprodutivos ao longo da sua vida, por razões de idade, orientação sexual, “deficiência” física ou mental.

4 – O DIREITO À PRIVACIDADE
Todos os serviços de saúde sexual e reprodutivos, incluindo a informação e o aconselhamento, deverão ser prestados com privacidade e a garantia de que as informações pessoais permanecerão confidenciais.
Todas as mulheres têm o direito de efectuar escolhas autónomas em matéria de reprodução, incluindo as opções relacionadas com o aborto seguro.
Todas as pessoas têm o direito de exprimir a sua orientação sexual a fim de poder desfrutar de uma vida sexual segura e satisfatória, respeitando contudo o bem-estar e os direitos dos outros, sem receio de perseguição, perda da liberdade ou interferência de ordem social.
Todos os serviços de cuidados em saúde sexual e reprodutiva incluindo os serviços de informação e aconselhamento devem estar disponíveis para todas as pessoas e casais, em particular os mais jovens, numa base de respeito aos seus direitos de privacidade e confidencialidade.

5 – O DIREITO À LIBERDADE DE PENSAMENTO
Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento e de expressão relativa à sua vida sexual e reprodutiva.
Todas as pessoas têm o direito à protecção contra quaisquer restrições por motivos de pensamento, consciência e religião, no seu acesso à educação e informação relativas à sua saúde sexual e reprodutiva.
Os profissionais de saúde têm o direito de invocar objecção de consciência na prestação de serviços de contracepção e aborto e o dever de encaminhar os utentes para outros profissionais de saúde dispostos a prestar o serviço solicitado de imediato. Este direito não é contemplado em casos de emergência, quando esteja em risco a vida de uma pessoa.
Todas as pessoas têm o direito de estar livres de interpretações restritas de textos religiosos, crenças, filosofias ou costumes, como forma de delimitar a liberdade de pensamento em matérias de cuidados de saúde sexual e reprodutivos.

6 – O DIREITO À INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO
Todas as pessoas têm o direito de receber uma educação e informação suficientes de forma a assegurar que quaisquer decisões que tomem, relacionadas com a sua vida sexual e reprodutiva, sejam exercidas com o seu consentimento pleno, livre e informado.
Todas as pessoas têm o direito de receber informações completas quanto às vantagens, eficácia e riscos associados a todos os métodos de regulação e fertilidade e de prevenção.

7 – O DIREITO DE ESCOLHER CASAR OU NÃO E DE CONSTITUIR E PLANEAR FAMÍLIA
Todas as pessoas têm o direito de acesso aos cuidados de saúde reprodutiva, incluindo casos de infertilidade, ou quando a fertilidade esteja comprometida devido a doenças transmitidas sexualmente.

8 – O DIREITO DE DECIDIR TER OU NÃO FILHOS E QUANDO OS TER
Todas as pessoas têm o direito ao acesso à gama mais ampla possível de métodos seguros, eficazes e aceitáveis de contracepção.
Todas as pessoas têm o direito à liberdade de escolher e utilizar um método de protecção contra a gravidez não desejada, que seja seguro e aceitável.

9 – O DIREITO AOS CUIDADOS
• Todas as pessoas têm o direito a usufruir de cuidados de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o direito:
• Informação dobre os benefícios e riscos dos métodos contraceptivos
• Acesso à maior variedade possível de serviços
• Opção para decidir utilizar ou não serviços e para escolher o método contraceptivo a usar
• Segurança relativa aos métodos e serviços ao seu dispor
• Privacidade na informação e serviços prestados
• Confidencialidade relativa a informações pessoais
• Dignidade no acesso e na prestação dos cuidados em saúde sexual e reprodutiva
• Confiança e comodidade relativa à qualidade dos serviços oferecidos
• Continuidade que garanta a disponibilidade futura dos serviços
• Opinião sobre o serviço oferecido


10 – O DIREITO AOS BENEFÍCIOS DO PROGRESSO CIENTÍFICO
Todas as pessoas utentes dos serviços de saúde sexual e reprodutiva têm o direito ao acesso a todas as novas tecnologias reprodutivas seguras e reconhecidas.

11 – O DIREITO À LIBERDADE DE REUNIÃO E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
Todas as pessoas têm o direito de influenciar os governos para que a saúde e os direitos em matéria de sexualidade e reprodução sejam uma prioridade dos mesmos.

12 – O DIREITO A NÃO SER SUBMETIDO NEM A TORTURA, NEM A TRATAMENTO DESUMANO OU DEGRADANTE
Todas as crianças têm o direito a protecção contra todas as formas de exploração e, especialmente, da exploração sexual, da prostituição infantil e todas as formas de abuso, violência e assédio sexuais.

Identidade e Orientação Sexual

A identidade sexual refere-se ao que cada pessoa pensa sobre si própria e sobre a sua sexualidade, sobre aos emoções e sobre o desejo que sente em relação aos outros, que podem ser do mesmo sexo, de outro sexo ou de ambos os sexos.
A identidade de género refere-se ao modo como cada um de nós se vê: se como homem (masculino), se como mulher (feminino).

A orientação sexual refere-se à atracção sexual mais significativa ou exclusiva que cada pessoa sente ao longo da sua vida. Uma pessoa é considerada...
• heterossexual se se sente atraída sobretudo por pessoas de sexo diferente
• homossexual se se sente sobretudo atraída por pessoas do mesmo sexo
• bissexual se se sente atraída por ambos os sexos
A orientação sexual revela-se, normalmente, durante a puberdade e não pode sofrer influências externas que a alterem.
Transsexualidade
Quando uma pessoa não se identifica com o seu género biológico estamos perante alguém que é transsexual. Trata-se de uma questão de identidade de género e não de orientação sexual. Frequentemente, os transsexuais sentem a necessidade de proceder a cirurgias de alteração de sexo.

O que são as IST

As IST, ou infecções sexualmente transmissíveis, são doenças contagiosas cuja forma mais frequente de transmissão é através das relações sexuais (vaginais, orais ou anais).
A prática de sexo mais seguro é a melhor maneira de prevenir a infecção.

As IST mais conhecidas são:

VIH/SIDA
VIH é a abreviatura para Vírus da Imunodeficiência Humana e é responsável pelo desenvolvimento de complicações no sistema imunitário e aparecimento da SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida), último estágio da doença.
Os sintomas da infecção pelo VIH são tardios e estão associados a problemas nas defesas do organismo. Apesar de não existir cura, é possível retardar o desenvolvimento da SIDA através da combinação de medicamentos. A melhor forma de diagnosticar a infecção pelo VIH é fazer exames sanguíneos específicos.
A prática de sexo seguro e de comportamentos sexualmente responsáveis é o modo mais seguro de evitar a infecção. Utilizar sempre o preservativo é uma das formas mais eficazes, embora não a 100%, uma vez que o vírus se transmite pelo esperma, pelos fluídos vaginais e pelo sangue. No caso de se usar drogas, nunca se deve partilhar uma seringa.

Clamídia
A Clamídia é uma infecção do tipo bacteriano que pode afectar o pénis, a vagina, o colo do útero, o ânus, a uretra, a garganta ou os olhos. É a IST mais comum. Na maioria dos casos não apresenta sintomas, no entanto, quando existem, podem ser:
Nas mulheres: dor pélvica, corrimento vaginal, dor durante a relação sexual ou ao urinar e hemorragia entre as menstruações.
Nos homens: ardor ou dor ao urinar, pus ou corrimento proveniente do pénis, inchaço nos testículos ou no ânus.
A infecção transmite-se por via sexual e também de mãe para filho. O seu tratamento é feito à base de antibióticos.

Gonorreia ou blenorragia
A gonorreia é uma infecção causada por uma bactéria chamada gonococo que provoca, sobretudo, a inflamação do aparelho genital feminino. Pode também afectar o pénis, a vagina, o colo do útero, a uretra, o ânus ou a garganta. A sua via de transmissão principal é a sexual, mas pode ser também transmitida de mãe para filho durante o parto.
Quando não é tratada pode ocasionar graves problemas de saúde, nomeadamente infertilidade ou gravidez ectópica.
À semelhança da maioria das IST, a gonorreia não apresenta sintomas, pelo que a ida ao médico para exames periódicos é fundamental para a sua detecção precoce. Quando existem, os sintomas são:
Nas mulheres: dor pélvica, hemorragia, febre, penetração dolorosa, dor ao urinar, inflamação da vulva, vómitos, corrimento de cor amarelada ou esverdeada, urinar mais vezes de forma mais frequente do que o normal.
Nos homens: corrimento do pénis semelhante a pus, dor ou ardor ao urinar, urinar de forma mais frequente do que o normal..
O tratamento da gonorreia é feito com a prescrição de antibióticos.

Herpes genital
O herpes genital é uma infecção que pode ser causada por dois tipos de vírus. O vírus herpes simplex do tipo 1 e sobretudo o vírus herpes simplex do tipo 2.
A sua transmissão pode ocorrer através da prática de penetração vaginal, de sexo oral ou de sexo anal. A infecção pode também propagar-se através de beijos e carícias, quando há contacto com lesões ou secreções das zonas afectadas.
Os sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de bolhas e lesões na área genital quer dos homens quer das mulheres, acompanhadas por dor, prurido e ardor ao urinar.
O herpes pode ser tratado para atenuar as queixas e sintomas. Mas não existe cura, sendo recorrente o seu aparecimento.
Quando surge, aconselha-se a abstinência sexual. A utilização do preservativo é a forma mais adequada de prevenção, embora não seja 100% eficaz.

Hepatite B
A hepatite B é uma doença causada por um vírus (VHB) que infecta o fígado. É extremamente contagiosa e as suas principais vias de transmissão são o esperma, as secreções vaginais, o sangue, a urina a saliva e o leite materno.
A hepatite B está na origem de complicações mais graves de saúde, como a cirrose ou o cancro do fígado. No entanto, a infecção pode, em determinados casos, ser eliminada pelo organismo.
São considerados comportamentos de risco:
• relações sexuais vaginais sem preservativo masculino ou feminino
• sexo oral não protegido
• partilha de seringas
• partilha de objectos pessoais como escovas de dentes ou lâminas de barbear
• manuseamento de agulhas infectadas em contexto hospitalar

Vírus do Papiloma Humano- HPV
Existem mais de 100 tipos de HPV. Em determinados casos afectam a pele e causam verrugas, cerca de 40 tipos afectam o aparelho genital causando condilomas ou verrugas genitais.
Estima-se que 80% das mulheres e dos homens têm contacto com o vírus em alguma fase da sua vida. Na maioria das situações não resultam em problemas mais graves. Contudo, se o sistema imunitário está mais vulnerável pode tornar-se uma infecção persistente e causar cancro do colo do útero. A forma mais fácil de diagnosticar é através do exame citológico (Papanicolau).
São factores de risco:
• relações sexuais muito precoces
• elevado número de parceiros
• tabagismo
Já existe disponível em Portugal uma vacina que previne a infecção por HPV.

Sífilis
A sífilis é uma infecção causada por uma bactéria chamada treponema pálida e afecta a vagina, o ânus, a uretra, o pénis bem como os lábios e a boca. Transmite-se pela prática de sexo vaginal, oral ou anal. Embora menos frequente, pode também transmitir-se através dos beijos.
Os sintomas da sífilis não são evidentes e variam consoante o estádio da doença:
Fase 1 - Cerca de 3 semanas após a infecção, aparece uma pequena ferida/úlcera nos ógãos genitais, na boca, na mama ou no ânus.
Fase 2 - 3 a 6 semanas depois do aparecimento da lesão, os sintomas podem incluir febre, dores de cabeça, perda de peso, dores musculares e fadiga.
Fase 3 (última) - Nos casos em que não foi tratada, a sífilis pode levara a danos graves no sistema nervoso, no coração e no cérebro. Esta fase pode ocorrer 1 a 20 anos após a infecção.
O preservativo é o modo mais eficaz de evitar a transmissão da sífilis.
Infecção por tricomonas
Estas infecções são causadas por um organismo unicelular e afectam tanto mulheres como homens. Normalmente, não apresenta sintomas. Quando existem, são os seguintes:
Nas mulheres:
• corrimentos e descargas vaginais
• pequenas hemorragias
• prurido ou comichão à volta da vagina
• inchaço das virilhas
• necessidade de urinar com frequência
Nos homens:
• Descargas ou corrimentos provenientes da uretra
• Necessidade de urinar mais do que o habitual, associada a dor ou ardor
Existe tratamento para as infecções por tricomonas e ambos os parceiros devem ser tratados de modo a prevenir novas infecções.
A utilização do preservativo evita o contacto com as secreções, diminuindo os riscos.